Primeiro sucesso de Peninha ecoa na trilha da série ‘Dias perfeitos’ com a gravação original da música ‘Sonhos’
15/08/2025
(Foto: Reprodução) Peninha, compositor de sucessos como 'Alma gêmea' (1994) e 'Sozinho' (1996), despontou em 1977 com a canção 'Sonhos'
Reprodução / Instagram Peninha
♫ MEMÓRIA
♫ Quando se pensa em Peninha no universo pop brasileiro, a primeira música que vem à mente é Sozinho, canção que Sandra de Sá lançou com sucesso em 1996 e que Caetano Veloso amplificou ainda mais em 1998 na gravação ao vivo que impulsionou o álbum Prenda minha. Há também quem associe Peninha à canção Alma gêmea, outro hit blockbuster do compositor paulistano, música lançada na voz de Fábio Jr. em 1994.
Contudo, o primeiro grande sucesso de Aroldo Alves Sobrinho – nome de batismo do cantor, compositor e músico nascido em 17 de fevereiro de 1953 em São Paulo (SP) – foi Sonhos, uma grande canção que ora reverbera na trilha sonora da série Dias perfeitos (Globoplay) na gravação original de Peninha, atualmente com 72 anos.
Com arranjo do pianista Hugo Bellardi, maestro hábil na orquestração da música, Sonhos revelou Peninha para o Brasil. O cantor já estava em cena desde 1972, mas precisou esperar cinco anos para fazer sucesso. E que sucesso! Sonhos foi uma das canções mais tocadas nas rádios do Brasil ao longo de 1977.
Lançada originalmente em single, a gravação de Sonhos foi incluída na trilha sonora da novela Sem lenço sem documento, exibida pela TV Globo às 19h de setembro de 1977 a março de 1978. A música também batizou o primeiro álbum de Peninha, Sonhos, lançado naquele ano de 1977 tendo como carro-chefe a música Que pena, parceria do compositor com Robert Livi.
No embalo do estouro de Sonhos, a canção Que pena tocou nas rádios e na novela O astro (TV Globo, 1977 / 1978), mas logo desapareceu da memória popular. A canção que permaneceu foi Sonhos, música composta com inusual fluxo melódico e letra que versa sobre desilusão amorosa sem mágoa ou ressentimento.
Cinco anos após o registro original de Sonhos, a canção ressurgiu para outras gerações na voz de Caetano Veloso em gravação feita pelo cantor para o álbum Cores, nomes (1982).
A partir da versão de Caetano, Sonhos foi ficando mais forte na memória afetiva nacional. Vieram regravações de Elymar Santos, Wando (1945 – 2012), Latino, Marisa Monte, Roberta Miranda, Paula Toller, Daniel e Silva, entre outros nomes. Mas nenhuma abordagem de Sonhos superou a excelência da gravação original de Peninha que ora ecoa na série Dias perfeitos como tema da obsessão de Téo (Jaffar Bambirra) por Clarice (Julia Dalavia).
Capa do álbum ‘Sonhos’, de Peninha
Reprodução